A 236 Km da capital maranhense, Peritoró amanheceu nesta sexta-feira, 23, com o prenúncio de um dia ruim para a sua história, pois uma multidão partiu para assistir a Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores logo nas primeiras horas da manhã e o caos não demorou a acontecer. Invadiram as dependências do Poder Legislativo e, entre os manifestantes (em sua maioria funcionários demitidos por força de uma decisão judicial), vândalos ainda não identificados oficialmente pela Polícia Judiciária protagonizaram cenas de verdadeiro horror jamais vistas no Município. Um quebra-quebra geral estraçalhou tudo que havia dentro do prédio da Câmara, deixando a marca de um movimento anarquista que resultou em um desprendimento força-tarefa do sistema de segurança do Estado. Várias viaturas policiais e Grupo Tático Aéreo foram acionados durante o dia. A vigilância na Cidade inteira ainda foi mantida no entrar da noite, inclusive com investigação de peritos criminais na área.
Tudo começou de repente, logo no início da sessão, sem que houvesse a cobertura in loco de qualquer veículo de comunicação. Populares contaram que o primeiro ato que gerou a confusão foi o arremesso de uma cadeira. Muitos disseram que os vereadores saíram do Plenário escoltado pela Polícia. O vereador Raimundo Aragão (PPS) disse o contrário, que os parlamentares se retiraram em bloco (Veja o vídeo abaixo). Ninguém foi preso. Uma informação oficiosa dá conta de que até a casa do ex-prefeito Pe. Jozias Oliveira sofrera ameaças de invasão. Existem questionamentos sobre a origem da decisão judicial que forçou a demissão de 250 servidores. O ex-prefeito está sob suspeição. Os vereadores dizem que não há provas de que tudo tenha sido ataque do Pe. Josias.
No final da tarde, poucos representantes do Poder Executivo eram vistos pela cidade. Havia um clima de ficar à espreita. O secretário para Assuntos Políticos Sandro Montenegro só apareceu à noite na Câmara, apesar de ter prometido entrevista à tarde. Esteve no local o irmão do prefeito Agamenon Milhomen e o secretário de Administração que também furou compromisso com o JP. Somente o prefeito se manifestou. Ele não acusou o seu adversário. Disse à imprensa que foi notificado de uma ação do Ministério Público com expedição de liminar. Informou que teve de contratar funcionários para realizar uma “reforma administrativa” e que havia informado sobre estas contratações ao Poder Legislativo. Os vereadores, portanto, foram coniventes.
Continue lendo no Portal do Jornal do Povo, clicando aqui.